Apelamos a todos os artistas e criadores portugueses (ilustradores, escritores, fotógrafos, cineastas, artistas plásticos, designers, etc), bem como a todos os cidadãos interessados em apoiar esta campanha, que nos contactem para o nosso e-mail, enviando o seu contributo artístico (ilustração, poema, ensaio, fotografia, vídeo, etc), sensibilizando e enaltecendo a importância do Cinema Batalha para a comunidade.
Todos os contributos artísticos recebidos farão parte de uma iniciativa que marcará, com toda a certeza, a história do Cinema Batalha.
We call for submissions from all artists and creators (illustrators, writers, photographers, filmmakers, designers, etc), as well as all citizens interested in supporting this campaign, by e-mailing us with your artistic contributions (illustration, poem, essay, photograph, video, an so on), to carry out this awareness intervention about the importance of Cinema Batalha to the whole community.
All artistic contributions will become part of a united action that hopefully will change the history of Cinema Batalha.
We call for submissions from all artists and creators (illustrators, writers, photographers, filmmakers, designers, etc), as well as all citizens interested in supporting this campaign, by e-mailing us with your artistic contributions (illustration, poem, essay, photograph, video, an so on), to carry out this awareness intervention about the importance of Cinema Batalha to the whole community.
All artistic contributions will become part of a united action that hopefully will change the history of Cinema Batalha.
cinebatalha@gmail.com
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Como sustento a imaginação
Nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu
Imagino a tarde mudar de cor
Tornar-se sépia
Numa extraordinária beleza
E lentamente ver apagar
Como uma velha lamparina a petróleo
O ondulante brilho do reflexo do sol
Na corrente do rio
Nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu
As ruínas que rodeiam o silêncio
Eu vejo-as mas não me importo
Bebo um pouco de uísque da minha garrafa
O vento refresca-me este inverno interior
Após este trago de suspiro
Uma velha acorda ao sol
Enxutando com a mão os seus raios de luz
Enquanto o espírito de um realizador de cinema
Chora
Envolvendo de sentimento a fita deste filme
Que ele filma sem ninguém se aperceber,
E naturalmente agem indiferentes,
Felizes por mais um dia
Lá nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu.
Nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu
Imagino a tarde mudar de cor
Tornar-se sépia
Numa extraordinária beleza
E lentamente ver apagar
Como uma velha lamparina a petróleo
O ondulante brilho do reflexo do sol
Na corrente do rio
Nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu
As ruínas que rodeiam o silêncio
Eu vejo-as mas não me importo
Bebo um pouco de uísque da minha garrafa
O vento refresca-me este inverno interior
Após este trago de suspiro
Uma velha acorda ao sol
Enxutando com a mão os seus raios de luz
Enquanto o espírito de um realizador de cinema
Chora
Envolvendo de sentimento a fita deste filme
Que ele filma sem ninguém se aperceber,
E naturalmente agem indiferentes,
Felizes por mais um dia
Lá nas escadas onde se vê o Douro
Debaixo da ponte de ferro
Que sustenta o céu.
Contributos | Poema | José Figueiredo | Setembro 2013
Inauguração do Cinema Batalha em 3 de Junho de 1947
ResponderEliminarFoi inaugurado às 21 Horas e 30 Minutos, numa «Soirée» de Gala, «com a presença das Exmas. Autoridades Civis e Militares, recordando o nome ilustre do portuense que em 1896 criou o cinema nacional, Aurélio Paz dos Reis».
Trata-se de uma sala cinema de cinéfilos, dedicada a um público cinéfilo elucidado pelas revistas e publicações nacionais e estrangeiras da época.
Programa da Inauguração do Cinema:
— Douro Faina Fluvial de Manuel de Oliveira e António Mendes, «como primeiro filme a exibir no seu écran»;
— Viagem à Lua de 1902 de Georges Méliès (1861-1925);
— Falécias do Diabo de 1906 de Georges Méliès;
— «Avant-Prémier» de Sinfonia Pastoral (La symphonie pastorale/1946) de Jean Delannoy, com argumento de André Gide e com interpretações de Pierre Blanchar, Michèle Morgan e Line Noro.
Foram também exibidos filmes de Max Linder, Charles Chaplin e Walt Disnay, considerados iniciadores do cinema.
O Batalha contou com a colaboração de M. Mauclair da revista francesa Cionémonde e M. Langlois, director da Cinemateca Francesa.
A aparelhagem cinematográfica era americana, uma «DeVry». Cujo represente era a empresa «Representações Anglo-Americanas, Lda», com sede na Rua José Falcão.
Ao terminar o espectáculo de inauguração, foi garantido o transporte do público assistente, pelos STCP.
No dia 4 de Junho de 1947, o Cinema batalha, apresenta o seu primeiro espectáculo e dá o início a um ciclo de filmes memoráveis:
Programa do dia 4 de Junho de 1947:
— Viagem à Lua;
— Facécias do Diabo
— Trovadores Malditos de Marcel Carne (Les visiteurs du soir/1942)
O ciclo de cinema francês (incluía também filmes da resistência, como o filme italiano, Roma Cidade Aberta), que foi mostrado, na altura, ao público do Porto, apresentou os seguintes filmes, muitos dos quais, em Estreia em Portugal:
Programa de 11 de Junho de 1947 (dedicado ao «cinema e à resistência»:
— Sequências do filme Jéricho de Henri Calef;
— Roma Cidade Aberta de Alberto Rossellini;
— A Batalha do Rail, de René Clement.
Programa de 19 de Junho de 1947:
— O Assassinato do Duque de Guise;
— A Roda de Abel Gance de Lavedan;
— A Bela e o Monstro de Jean Cocteau (a).
(a) Projectado em simultâneo com o Cinema Trindade, a partir de 24 de Junho com o complemento, O Evadido de Charlot.
Programa de 26 de Junho de 1947:
— Nascimento do cinema (documentário de Roger Leonhardt)
— A Sinfonia Pastoral (Estreia em Portugal) de Jean Dellanoy; (b).
(b) Em simultâneo com o Trindade do Porto e o Olympia do Porto. Pela primeira vez, na história do cinema sonoro, um filme projectado no Porto, simultaneamente, em três.
Programa de 7 de Julho de 1947:
— Roma Cidade Aberta de Roberto Rosselini, com Anna Magnani, Aldo Fabrizi and Marcello Pagliero.
Porto, domingo, 13 de Janeiro de 2013
António Tavares
V 101
antonio.tavares@netcabo.pt